Número de trabalhadores que atuam em casa cai em Piracicaba e Limeira, aponta IBGE; entenda

Cai número de pessoas que trabalham de casa no estado de SP Apesar da popularização do home office com a pandemia, o número de pessoas que fazem da casa o p...

Cai número de pessoas que trabalham de casa no estado de SP Apesar da popularização do home office com a pandemia, o número de pessoas que fazem da casa o próprio trabalho caiu em Piracicaba (SP) e Limeira (SP) em uma década. Os dados são do Censo 2022 e foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, Piracicaba tinha 53.382 (29,74%) pessoas que trabalhavam em casa. Já em 2022, o número caiu para 24.320 (11,70%). Limeira tinha 35.439 pessoas que trabalhavam em casa (25,48%) e, em 2022, número foi para 16.572 (11,55%). O cenário das duas maiores cidades da cobertura do g1 Piracicaba e região seguiu a tendência estadual, que teve queda de 23% no número de trabalhadores nos lares, em 2010, para 15% em 2022. ✅ Siga o g1 Piracicaba no Instagram Motivo das quedas O home office é uma modalidade específica para trabalhadores que têm condições de exercer suas funções 100% em domicílio. No entanto, há outras formas de trabalho em casa, como os pequenos negócios – casos de manicures, costureiras, comerciantes e profissionais de confecção. Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, explicou que os pequenos negócios podem ter influenciado na redução do número de pessoas que trabalham em casa de um Censo para o outro. “Apesar de ter sido uma virada importante na atividade econômica, o home office não esteve disponível para todos os trabalhadores [...] É uma possibilidade para um segmento muito específico, com rendimentos mais altos e atividades especializadas. Então, a grande maioria dos trabalhadores que desenvolve trabalhos braçais não teve a possibilidade de desenvolver o trabalho remoto”, afirma. Outro fator que explica a queda é o desaparecimento de atividades industriais que, até o início de 2010, eram desenvolvidas em domicílios. “O setor têxtil, por exemplo, tinha na confecção uma parte importante do trabalho feito em casa. O mesmo ocorria nas indústrias de plástico, brinquedos e gráficas. Essas tarefas eram realizadas especialmente nas periferias, mas praticamente deixaram de existir”, destaca Jefferson. Home office Pexels/RF._.studio VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região